Alimentar-se bem, praticar exercícios e evitar o stress: estas são as principais recomendações para quem pretende viver até os cem anos. Sabe-se, ainda, que o tipo de personalidade também influi - otimistas e bem humorados levam vantagem.
Muitos são os factores que contribuem para que possamos viver mais e com maior qualidade de vida do que nossos antepassados. O tratamento do diabetes, que até o início do século XX era uma doença fatal, a descoberta dos antibióticos e das vacinas são alguns deles. A medicina diagnóstica é outra aliada: exames de ultrassom e ressonância magnética desvendam o interior do corpo humano com precisão admirável. É possível observar o interior das artérias, investigar ossos e articulações e detectar tumores milimétricos.
Os avanços da Medicina são aliados importantes, mas não bastam para uma vida longa e saudável. O ambiente em que vivemos e nosso estilo de vida são fatores preponderantes. Pesquisa com gêmeos feita pela Universidade do Sul da Califórnia, em 1997, demonstrou que o envelhecimento é 35% genético e 65% devido a fatores externos.
Alimentação saudável é essencial
Mudar a alimentação é uma das principais recomendações do Dr. Mark Liponis: devemos investir em frutas, legumes e grãos integrais, fracionar as refeições e comer apenas para matar a fome física, nunca a emocional.
A nutricionista Mariana Fróes observa que alguns alimentos são especialmente benéficos, como o tomate, que contém licopeno, rico em antioxidantes. “Os compostos bioativos do brócolis protegem do câncer, além de serem ótimas fontes de cálcio. A castanha-do-pará tem vitamina E e selênio, ajuda a retardar o envelhecimento e faz bem ao coração. O resveratrol, presente na uva, no suco de uva e no vinho tinto, fortalece o sistema imunológico e beneficia o coração”, enumera.
A especialista cita, ainda a vitamina C (laranja, limão e acerola, entre outros), que atua na síntese de colágeno e previne o envelhecimento precoce, a linhaça, que possui fitoquímicos com atividade antioxidante, antibiótica e anticâncer, e a vitamina D (gema de ovo, atum e salmão, por exemplo), importante para absorção de cálcio e formação de ossos e dentes.
“Por outro lado, devem-se cortar alimentos que sobrecarregam o metabolismo e contribuem para o envelhecimento precoce, como os gordurosos, o açúcar e a
A busca de um estilo de vida mais saudável, aliada aos recursos disponíveis, fazem com que a idade cronológica tenha cada vez menos significado. Os 70 anos, hoje, correspondem aos 60 de uma ou duas décadas atrás. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que desde 2003 aumentou em 44% o número de casamentos em que um dos conjuges tinha mais de 60 anos. As cifras impressionam quando se observa que o aumento foi 60% maior do que o registrado na população brasileira como um todo, no mesmo período.
As estatísticas confirmam o que já se sabe: com mais saúde e qualidade de vida, homens e mulheres começam a vivenciar a velhice como um tempo de realizações, inclusive no amor.
Drª Estela Cardoso
Consultores: Dra. Daniela Nunes dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Gilberto Sampaio geriatra, Luciana Andrade farmacêutica da Dermatus Educacional, Mariana Fróes nutricionista do Centro Multidisciplinar da Dor, Drª Estela Cardoso, Nadia Monteiro, professora de educação física, mestre em Ciência da Motricidade Humana
Sem comentários:
Enviar um comentário